In the present context of the triumph of capitalism over real socialism, this article points out that, despite their ideological differences, both systems are bound to the same conception of history-as-progress. In contrast, it recalls Walter Benjamin's philosophy of history, marked by the critique of progress in the name of a revolutionary time, which interrupts history's chronological continuum. Benjamin's perspective is used to study the conflict of temporalities among the Soviet artists in the two decades after the October Revolution: on the one hand, the anarchic, autonomous and critical time of interruption – which is the time of avant-gade –, on the other hand, the synchronization with the ideas of a progressive time as ordered by the Communist Patty; this is the time of vanguard, whose capitalist Counterpart is fashion. Nestes tempos de triunfo do capitalismo sobre o socialismo real, o presente artigo mostra que, apesar de suas diferences ideológicas, ambos os sistemas baseiamse numa concepcão da história como progresso. Contrastivamente, é lembrada a filosofia da história de Walter Benjamin, marcada pela crítica do progresso e a concepção de um tempo revolucionário, que interrompe o continuum histórico. A luz da teoria benjaminiana é estudado o conflito de concepções de tempo entre os artistas soviéticos das duas décadas posteriores à Revolução de Outubro de 1917: de um lado, o tempo da interrupção, anárquico, autônomo e crítico – que é o tempo da avat-garde –, do outro lado, a sincronização com una idéia de um tempo progressivo tal como foi decretado pelo Partido Comunista; este é o tempo das vanguardas, cuja contrapartida capitalista é a moda.
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